Coisas menos fofinhas #13
Dormir descansada. Já aqui falei na dificuldade que é para mim dormir, desde que engravidei. Desde o início e sempre por motivos diferentes (primeiro era porque tinha o peito dorido, depois porque a barriga doia, entretanto aumentou de tamanho e tornou-se desconfortável, etc), mas a realidade é que há quase 9 meses que não sei o que é uma noite bem dormida e apesar de não ter muitas expectativas, quando a C. nascer, de passar uma noite de sono tranquila, desespero por conseguir deitar-me em qualquer posição que não seja de 45º, sem dores, moinhas, desconforto, em que me possa virar e sentir, pelo menos durante 10 minutos, que o meu corpo está a descansar! Sim, porque desenganem-se quem acha que por estar o dia todo de cama, todos os dias, que me sinto fresca que nem uma alface e descansadinha. Muito pelo contrário. O facto de não conseguir dormir muitas horas seguidas, de ter dores, de acordar 1h depois de adormecer com a barriga dura como pedra, e ter de me movimentar, nem que seja, 5º para cima ou para baixo para aliviar e demorar mais 1h para voltar a adormecer, não deixa nenhum corpinho descansar. Conclusão: a cada semana que passa sinto-me cada vez mais cansada. À noite tenho sono e não consigo dormir e são nessas alturas que a minha mente começa a vaguear e a imaginar uma cama daquela que nos sentimos enterradas em colchão, um escuro absoluto, lençois cheirosos e fofos e eu de barriga para baixo, sem dores, totalmente relaxada e descansada, a acordar de um sono de bela adormecida de 10 horinhas! A nossa cabeça é lixada e o meu mecanismo de defesa vai buscar todas as noites esta imagem para sentir um bocadinho mais de conforto.
Apesar de ter recebido imensas recomendações e dizerem maravilhas, a verdade é que não consegui usufruir dos benefícios da almofada de amamentação para dormir, ao contrário de muitas grávidas.
A minha cama é maior do que as habituais. Sempre achei um exagero e, por mim, não tinha comprado uma cama tão grande, mas neste período não me parece assim tão grande. Quando antes ocupava 1/3 da cama, neste momento ocupo mais de metade. Só em almofadas, tenho duas estruturas formadas e muito bem definidas. De dia preciso de 4 almofadas. A primeira é daquelas almofadas para doentinhos, duras que só elas, que formam o tal ângulo de 45º. Por cima dela, tenho mais duas almofadas para me manterem mais sentada. A última almofada vai para debaixo dos cotos (aka pés) para aliviar a pressão. À noite passamos para 5 almofadas. Mantêm-se as almofadas dos cotos, a de 45º e uma por baixo da cabeça para me deixar mais elevada (caso contrário a mini-pessoa "sobe-me" para as costelas e acordo sem conseguir respirar), a quarta vai para o lado da almofada de 45º, para de vez em quando me deitar para o lado esquerdo e aliviar a pressão de estar sempre na mesma posição (se bem que só aguento entre 10 a 30 minutos nessa posição) e a 5ª ao lado da barriga, para quando me deixar de lado, a barriga ficar mais elevada.
O Allin continua a dormir na cama connosco, o que faz com que o T. (que antes dominava a cama) quase não tem espaço e está farto e reclamar. É nestas alturas que por mais que as mulherem sofram na gravidez, os desgraçados dos maridos não ficam atrás porque acabam, inevitavelmente, por sofrer danos colateriais. Nós sofremos, mas eles também penam!
Oh Cata, que chatice tão grande...
ResponderEliminarE as camas, quanto maiores melhor. Eu tenho uma de 180*200 e já me parece pequena para 3 (a mais velha já nem entra de tão grande que está) e não temos cão!
Pois, agora entendo-te perfeitamente.
EliminarE parece-me que a cama não vai voltar a "alargar", quanto muito vai encolhendo mais à medida que ela vai crescendo. ;)