segunda-feira, 15 de julho de 2013

Foi isto!


Nunca me vi como uma blogger e sempre achei que não iria ter um blog, mas desde cedo aprendi a tentar evitar as palavras "nunca" e "sempre". A verdade é que se não tivesse tido a gravidez atípica que tive não teria criado o blog e na minha cabeça continuaria a achar muito pouco provável vir a ter um.
A certa altura da gravidez senti que estava a "enloquecer" um bocadinho (acho que isso é passível de acontecer a qualquer pessoa que fique tanto tempo de cama). Precisava de arranjar um novo objetivo diário, já que todas as tarefas da mini-pessoa estavam encaminhadas e tinha inventado tudo o que me lembrava ser possível ser feito de uma cama. Foi então que pensei no blog e achei que poderia não só ter um efeito catártico, mas poderia ser uma forma de diário deste período da minha vida. E assim foi. Mais do que isso, aliás. Dei por mim a ter feddback de outras pessoas, grávidas e mamãs e essa parte foi um plus fantástico. Estreitou um pouco mais a minha barreira com o mundo exterior e fez-me sentir que estava, de alguma forma, a "ajudar" as pré mamãs como eu.
Adorei ter criado o É isto!. A experiência superou todas as minhas expectativas. Contudo, não sinto a mesma vontade ou disposição para escrever, pelo que neste momento deixou de fazer sentido continuar.
Não quero deixar de agradecer e deixar um grande beijnho a todas as fofinhas e fofinhos (sim porque sei bem quem são os fofinhos que acompanham) que seguiram o blog, que me foram dando feedback e força para continuar não só o blog, mas também a minha luta. Acreditem, ajudaram!
Foi bom enquanto durou, mas como tudo na vida, terminou. Pode ser que um dia recomece, se me der para isso, não sei.
E pronto, é isto! Ou melhor, foi isto!

domingo, 30 de junho de 2013

Dormir


Nunca dormi tão pouco. Não é nenhuma novidade. Não esperava outra coisa. Esperava sim conseguir fazer mais sonecas. Penso várias vezes se é de mim ou se é geral, mas tenho picos durante o dia. Há três ou quatro vezes, durante o dia, que se apodera de mim uma soneira brutal, quase como se tivesse sido picada pela mosca tsé-tsé. A minha cara fica irreconhecível. A minha capacidade de ouvir e prestar atenção ao que se passa ao meu redor reduz drasticamente e a sensação que enquanto não dormir não funciono domina-me. Apesar de tudo são mais os dias em que não durmo durante o dia e quando acontece as sonecas duram, em média, 15 minutos e acordo sempre sobressaltada, a achar que a C. está a chorar ou precisa de mim. A consequência é que às 21h já me estou a arrastar. Não há jantar que aguente, desisti do concerto da Alicia Keys e não tenho qualquer expectativa dum programa mais noturno, nas próximas semanas, não por falta de vontade, mas porque simplesmente não aguento.
A estratégia cá em casa passa por darmos a banhoca por volta das 21h (que já está muito melhor. Só precisamos do secador, ou vídeo do yutube a partir do momento que a tiramos da banheira), seguida duma mamada bem reforçada e depois do devido arroto da criança, cama para a mãe e espreguiçadeira, sala e pai para a C. Essas são as 2h30/3h mais bem dormidas e descansadas da noite inteira. Nessa altura, o pai vem-me acordar para a mamada seguinte e a partir daí começa o festival noturno, que dura até às 7h, altura em que já nenhuma das duas dorme.
Claro que ninguém aguenta tanto sono em atraso sem sentir que enloquece um bocadinho. São pequenos sinais, tanto a nível de discurso, como de ações que me levam a recear ter perdido a minha pessoa, pelo menos até a bebecas fazer dois anos, que parece ser a idade em que as crianças nos deixam voltar a dormir. A última passou pelo T. ter posto a C. no berço, ao meu lado, ter ido à casa-de-banho e quando volta eu estou sentada na cama, olhos semi-cerrados e com a mão dentro do berço. Ele pergunta "o que estás a fazer?". Eu respondo: "não sei. Não é peciso fazer alguma coisa?" (como alguma coisa quero dizer mama ou trocar fralda). Ele responde "não. Volta a dormir". Eu respondo "ahhh... está bem".
Acredito que é por estas e por outras que se estipulou que as mulheres tem de ficar afastadas dos seus postos de trabalho, pelo menos durante três meses!

sábado, 29 de junho de 2013

O cor-de-rosa


Não gosto do cliché das meninas vestidas de cor-de-rosa e os meninos de azul. Não gosto, pronto!
Não quero dizer que seja anti cor-de-rosa. Gosto dum apontamento rosa ou se a vestir de rosa, que seja de vez em quando.
As roupinhas mais giras que a C. tem são brancas, com várias cores, amarelas ou até mesmo azuis (não cueca). A primeira roupinha que ela vestiu quando nasceu foi um babygrow branquinho com um boneco vermelho e um gorro às riscas brancas e vermelhas. Estava um miminho!
O problema disto tudo é o preconceito. Sim, o preconceito. Agora que começamos a sair mais noto que as pessoas assumem que é um menino por não estar de cor-de-rosa. Até a confundiram com um menino quando tinha um babygrow amarelo. Mas será que só os meninos é que podem vestir todas as cores e as meninas tem de se restringir ao pink? Bem sei que quando os bebés são assim pequeninos é impossível distinguir os meninos das meninas, sem ser pela roupinha, mas então porque não perguntar antes de dizer "que menino bonito" só porque está vestida de vermelho e não de cor-de-rosa ou porque as meias que estou a escolher são brancas e vermelhas?
Acho mal! Não gosto, mas não me vou dar por vencida! A C. vai continuar a bombar nos fatinhos não cor-de-rosa!

terça-feira, 25 de junho de 2013

A dúvida do sling


Tenho cá em casa um sling emprestado. Desde sempre achei que o conceito era maravilhoso. Pela questão prática e ao mesmo tempo pela proximidade entre mãe e filha, que não se perde e que ao mesmo tempo não "limita" a mãe. Gostei tanto, que aproveitei as mãozinhas de fada da minha avó e pedi-lhe para me fazer um segundo sling, com base no primeiro. Continuo a achar super prático e tenho imensa vontade de usar, mas ainda não consegui, apesar das tentaivas. Primeiro porque ainda não consegui perceber exatamente como se coloca e retira a C. do sling. Segundo (e principalmente) porque tenho sérias dúvidas sobre a posição correta em que ela deve ficar no sling. Dúvidas estas que foram exacerbadas após pesquisar na net e ter descoberto os perigos do sling nos recém-nascidos, como asfixia. Fiquei super insegura, apesar da vontade. Vou levar o sling para a próxima consulta da bebecas e pedir ajuda às enfermeiras para ver se me ajudam a ultrapassar este trauma e tornar-me uma mãe mais prática!
E vocês? Quem é que usou o sling que me pode ajudar a dismistificar este disparate desta insegurança?

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Não quero saber


Não quero saber. Deixei a pílula, essa sacana.
De resto continua tudo na mesma. Díficil e maravilhoso.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O drama. O horror. O peso.


A coisa começou bem. A coisa começou mesmo muito bem. A coisa estava a fluir naturalmente e eu estava bastante otimista. Até que... estagnou! Não mudei nada e dum momento para o outro zipp.. niente... nada!
Não entendi. Não fazia sentido, aliás porque o peso estava bastante longe do peso original. A amamentação, que emagrece naturalmente, até aumentou a produção. Então porquê? A ideia de ficar com mais 10 quilos não me agrada minimamente. E agora?
Hoje fez-se luz. A pilúla da amamentação. O raio da pilúla que eu não queria, resisti tomar, mas acabei por ceder. Fui fazer as contas e bate certo. Deixei de emagrecer quando a comecei a tomar. Bastard!!
Como se isso não bastasse não vou poder interromper a sacana já hoje, como é a minha vontade. Vou ter de esperar sabe-se lá quanto tempo até que as cenas cá dentro se regulem naturalmente, o que poderá demorar uma caixa ou três ou sei lá... Até lá vou continuar um pequeno pote com mais 10 quilos no bucho! Estou revoltada. Tenho dito!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Saudades do fofinho


Hoje fui rever o fofinho na consulta pós parto.
O fofinho teve um papel tão importante na minha gravidez que durante este mês cheguei a sentir saudades dele. Quando disse isso ao T. ele perguntou-me se eu tinha desenvolvido alguma paixão platónica por ele. Não, não desenvolvi, mas também nunca tinha tido um médico (fora da família) que tivesse tido um papel tão importante na minha vida e em quem eu confio em absoluto. Se não fosse o fofinho tenho a certeza que a gravidez tinha sido mais díficil, mais frustante, com mais dúvidas e menos tranquila!
A pior parte... só o volto a ver em Janeiro! Até lá fofinho...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A aventura. Como foi.


A ida ao ikea não correu tão mal como podia ter corrido. Mas esteve longe de ter corrido bem!
Acabámos por levar o primo do T. connosco e ainda bem. Sem o M. teria sido tudo muito mais díficil.
Dei de mamar antes de sairmos de casa para não ter de andar com a mamoca ao leu por lá. No carro ela desatou num berreiro e tive de dar nova dose de mama. Chegámos. Ela começou a berrar novamente. Mas porquê? Tinha todas as necessidades satisfeitas, não havia motivo. Quando estava ao nosso colo estava bem, mal assentava rabo no ovinho desatava a berrar como uma bebé grande. Desta forma, nunca nos tinha acontecido. A única justificação que encontro é existir no ambiente do ikea qualquer coisa que a deixe desconfortável. Pode parecer disparatado, mas nunca tinha acontecido um "birra" do género. Não a fez antes e não a fez depois, apenas durante.
O cenário foi, portanto, o pai com ela ao colo, eu a empurrar um carrinho vazio e o M. a carregar as nossas compras. Que bonito!
Amanhã temos de lá voltar. Vai o T. que eu fico em casa com a anti-ikea!

domingo, 16 de junho de 2013

Um mês


Faz hoje um mês.
Faz hoje um mês que te conheci.
Faz hoje um mês que a minha vida mudou para sempre.
Faz hoje um mês que a minha vida ganhou outro significado.
Faz hoje um mês que sou mais feliz.
Faz hoje um mês que sou mãe.


Parabéns bebecas!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A aventura. Será?


A bebecas tem sido uma princesa nos últimos dois dias e duas noites. Esta noite tive de a acordar de quatro em quatro horas para mamar e na noite anterior acordou ela de três em três. Nada de birras, acordar de hora a hora ou ficar agarrada à mama quase uma hora, comigo a lutar contra os olhos que teimam em fechar. Durante o dia, tirando os acessos de cólicas tem estado ou a dormir ou bem disposta. Uma verdadeira princesa, portanto!
Assim sendo, vamo-nos aventurar os três e ao final da tarde rumar até ao ikea. Vamos ver como corre. Estou a fazer figas. É que se correr bem, vou ficar super contente e orgulhosa. Caso contrário vou morrer de vergonha e tão depressa não me vou aventurar noutra do género.
O pai da criança está entusiasmado e já falou em aproveitar e irmos jantar fora.Isso já é quere abusar da sorte T.