domingo, 30 de junho de 2013

Dormir


Nunca dormi tão pouco. Não é nenhuma novidade. Não esperava outra coisa. Esperava sim conseguir fazer mais sonecas. Penso várias vezes se é de mim ou se é geral, mas tenho picos durante o dia. Há três ou quatro vezes, durante o dia, que se apodera de mim uma soneira brutal, quase como se tivesse sido picada pela mosca tsé-tsé. A minha cara fica irreconhecível. A minha capacidade de ouvir e prestar atenção ao que se passa ao meu redor reduz drasticamente e a sensação que enquanto não dormir não funciono domina-me. Apesar de tudo são mais os dias em que não durmo durante o dia e quando acontece as sonecas duram, em média, 15 minutos e acordo sempre sobressaltada, a achar que a C. está a chorar ou precisa de mim. A consequência é que às 21h já me estou a arrastar. Não há jantar que aguente, desisti do concerto da Alicia Keys e não tenho qualquer expectativa dum programa mais noturno, nas próximas semanas, não por falta de vontade, mas porque simplesmente não aguento.
A estratégia cá em casa passa por darmos a banhoca por volta das 21h (que já está muito melhor. Só precisamos do secador, ou vídeo do yutube a partir do momento que a tiramos da banheira), seguida duma mamada bem reforçada e depois do devido arroto da criança, cama para a mãe e espreguiçadeira, sala e pai para a C. Essas são as 2h30/3h mais bem dormidas e descansadas da noite inteira. Nessa altura, o pai vem-me acordar para a mamada seguinte e a partir daí começa o festival noturno, que dura até às 7h, altura em que já nenhuma das duas dorme.
Claro que ninguém aguenta tanto sono em atraso sem sentir que enloquece um bocadinho. São pequenos sinais, tanto a nível de discurso, como de ações que me levam a recear ter perdido a minha pessoa, pelo menos até a bebecas fazer dois anos, que parece ser a idade em que as crianças nos deixam voltar a dormir. A última passou pelo T. ter posto a C. no berço, ao meu lado, ter ido à casa-de-banho e quando volta eu estou sentada na cama, olhos semi-cerrados e com a mão dentro do berço. Ele pergunta "o que estás a fazer?". Eu respondo: "não sei. Não é peciso fazer alguma coisa?" (como alguma coisa quero dizer mama ou trocar fralda). Ele responde "não. Volta a dormir". Eu respondo "ahhh... está bem".
Acredito que é por estas e por outras que se estipulou que as mulheres tem de ficar afastadas dos seus postos de trabalho, pelo menos durante três meses!

1 comentário:

  1. Sugiro um ou outro biberon dado pelo pai, de maneira a que durmas 6 horas seguidas. Quanto a essa do "só dormem aos dois anos", isso é lenda urbana. A MJ começou a dormir a noite inteira aos 7 anos (Sete!) e a L aos 2, sim. Mas montes de bebés de amigas dormem bem desde os 4, 6 ou 10 meses. Os primeiros meses são brutais, não desanimes!

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